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verde
Barreiro . ADAO - Associação Cultural
16 abr 2022
projeto
filipa nunes e gabriela coimbra
com
Dj Pen Surpresa
ManaTerra Live Set
Concerto FrikSão
B2B Dj Caro + Dj Reina Do Mar
Paco Piri Piri
Carga Mediterránica
Caminhada Verde
aft7r Diogo Brito
intervenções
Bankete Verde, por carolina parrinha e nani bazar
Subaquatic Flubber, por andy james e reina del mar
Kalipo, por julián pacomio
Verde, por miguel miguel
produção
gabriela coimbra, filipa nunes, blac dwelle e sérgio cachibache
Verde. Escreveu-se mais verde do que qualquer outra cor. Porque desde que há escrita que se viu mais verde do que qualquer outra cor. E terá de passar tempo até isto ser diferente. A palavra mais escrita e dita do mundo é ok. O substantivo mais usado é coisa e o verbo mais conjugado é ser. A palavra menos usada de sempre em todas as línguas que lhe encontrem tradução é serendipidade – e oxalá isto fosse menos meta – nós não sabíamos: serendipidade é a aptidão de atrair acontecimentos propícios ao gozo de maneira fortuita. Encontrar felicidade por acaso.
Aquela última frase podia fazer parte de uma qualquer teoria neoliberal ou de um livro freak de auto- ajuda. Está tudo bem porque podia ser outra palavra qualquer. Isto não é sobre serendipidade: queremos apenas saber qual é a palavra menos usada de sempre e perceber que a partir deste momento já deixou de o ser. Demoramos aproximadamente 40 segundos a ler este texto o que me permite afirmar com certeza que a cor mais escrita de sempre distava 40 segundos da palavra menos usada de sempre. Serendipidade.

filipa nunes